DESTAQUES:

Super Muffato aposta em loja gourmet

Com investimento de R$ 15 milhões, a rede inaugura em Curitiba sua segunda loja voltada para consumidores de maior poder aquisitivo. “É uma loja que não é só para a vizinhança e deve atender ainda um público selecionado e exigente de empresários e profissionais liberais que trabalham na região”, explica Ederson Muffato, diretor da rede.

São mais de 500 itens importados de marcas diferenciadas de 22 países, como Itália, França, Holanda, Índia e México. “São produtos premium da gastronomia mundial e exclusivos para consumidores exigentes. A loja toda tem um conceito diferenciado e inovador no Brasil, tudo envolto em uma atmosfera de gastronomia sofisticada”, afirma Muffato. Sem divulgar o valor exato, o diretor aposta em um tíquete médio maior.

Recentemente, a rede reformulou uma loja em Cascavel para o mesmo formato gourmet. “Em pesquisas de mercado percebemos que o consumidor sente falta de um atendimento diferenciado. Hoje praticamente todas as redes tornaram o supermercado ‘enlatado’, com filas nos caixas, tudo pronto na padaria e a carne do açougue já embalada na bandeja. O cliente sente falta de escolher a carne que quer”, diz.
Fonte: Gazeta do Povo

Nestlé aposta em embalagens populares para impulsionar consumo

A tática usada em mercados emergentes será aplicada também em economias europeias enfraquecidas como Grécia, Espanha e Irlanda. Conhecidas como Produtos Posicionados Popularmente (PPP), as embalagens são menores ou correspondem a refis. A meta é criar familiaridade em relação às marcas em um grupo mais amplo de consumidores.

Os PPP foram inicialmente testados na Ásia e na América do Sul, e estão sendo introduzidos em outros países porque os consumidores têm ficado mais conscientes em relação aos preços. Outra estratégia da Nestlé é investir em nichos, como jovens, aposentados ou imigrantes. Para atrair compradores mulçumanos, por exemplo, a empresa até aumentou o portfólio de produtos "halal" (abate de carne segundo a lei islâmica).
Fonte: Valor Econômico

Varejo cresce pelo 3o mês, apesar de ritmo mais brando

As vendas no varejo brasileiro cresceram pelo terceiro mês consecutivo em julho, na comparação com o mês anterior, mas deram alguns sinais de desaceleração.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta foi de 0,4 por cento, depois da expansão de 1,0 por cento em junho e de 1,5 por cento em maio.

"É um crescimento discreto e já houve resultados mais substanciais. Se for tomar por esse ritmo de crescimento na ponta, podemos dizer que há um certo arrefecimento", disse o coordenador da pesquisa do IBGE, Nilo Lopes de Macedo.

Na comparação com igual mês do ano passado, houve alta de 10,9 por cento.

Analistas ouvidos pela Reuters previam crescimento mês a mês de 0,45 por cento -com previsões entre queda de 0,5 e alta de 1,2 por cento-, e elevação anual de 10,7 por cento -com estimativas de 9,6 a 12 por cento.

O resultado "sugere, preliminarmente, uma nova desaceleração no ritmo de crescimento do PIB no terceiro trimestre em relação ao registrado entre abril e junho", destacou o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, em relatório.

"Para o restante do ano, diante das condições da demanda que permanecem ainda fortalecidas, com destaque para os indicadores de renda e emprego, acreditamos que as vendas no varejo continuarão crescendo em ritmo moderado."

O resultado mais brando que nos meses anteriores está associado ao comércio de hiper e supermercados, com aumento de apenas 0,1 por cento em julho. "Há uma trajetória decrescente, de desaceleração desse segmento", acrescentou.

Ele frisou que o setor é o mais importante e com maior peso do varejo. "Qualquer movimento nesse setor é determinante para a taxa global. Essa desaceleração na ponta não tem uma explicação. São decisões de compra que não têm a ver com política ou fatores econômicos."

Em relação a junho, seis dos 10 setores pesquisados tiveram aumento de vendas, sendo os destaques Livros, jornais, revistas e papelaria e Veículos, motos, partes e peças.

Na comparação anual, o segmento de super e hipermercados manteve a trajetória de aumento das vendas, em 11 por cento, e respondeu por metade da taxa global.

Nesse caso, todos os oito setores mostraram expansão.

No ano, as vendas no varejo acumulam expansão de 11,4 por cento.

Varejo Ampliado

O chamado varejo ampliado cresceu mais em julho, graças ao comportamento do setor de veículos, segundo o IBGE. O aumento foi de 1,2 por cento frente ao mês anterior e de 12,3 por cento em relação a 2009.

O segmento de Veículos, motos e peças cresceu 2,9 e 14,6 por cento, respectivamente.

"Esse foi um setor beneficiado pelo incentivo do IPI e que depois passou por uma queda com o fim do incentivo. Agora em julho houve promoções, lançamentos e a manutenção da oferta de crédito", disse Lopes de Macedo.

Em julho, as vendas foram mais fortes nos Estados do Norte e Nordeste, em razão de vários fatores, como programas sociais, aumento do salário mínimo e aquecimento das economias locais.

O IBGE acrescentou que a receita nominal do varejo cresceu também 0,4 por cento em julho sobre junho e 13,5 por cento na comparação anual.
Fontes: Reuters / BOL / Comentários: Rodrigo Viga Gaier - O Globo

Gigantes do setor mudam negociação de descontos com indústria

Gradativamente, Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart promovem mudanças no modo de negociar com parte de seus fornecedores. Antes, a prática mais comum era definir, a cada pedido, percentuais a serem descontados no valor final da fatura, relacionados a verbas de marketing e logística. Hoje, as empresas propõem que a fatura já chegue com um desconto único.

Na prática, um fornecedor que fechava um pedido por R$ 100, recebia apenas R$ 90, já que os R$ 10 restantes eram destinados a bancar custos internos do varejo, como transporte de mercadorias e inserção do produto em tabloides. Nesse esquema antigo, antes de receber os R$ 90 do pedido no prazo acordado, o fabricante precisava desembolsar a diferença. “Agora, o varejo propõe que eu fature R$ 90 sem ter de arcar com os custos intermediários”, conta um fornecedor de itens de linha branca.

Essa é uma das razões pelas quais a nova proposta tem sido bem recebida pelos fabricantes. A troca de verbas de marketing e logística por um só desconto começou a ser proposta no ano passado pelo Grupo Pão de Açúcar. Em 2010, foi a vez do Carrefour começar a adotar o modelo. Mais recentemente, o Walmart entrou na onda do desconto único.
Fonte: Valor Econômico

Consumidor paga por Verbas de Marketing e Fidelidade, que somadas a outras chegam até 22%

As grandes redes - como são chamados Carrefour, Grupo Pão de Açúcar e WalMart - ainda possuem com seus fornecedores uma relação de verbas compondo anexos ao contrato anual de fornecimento.
Essas verbas destinam-se a investimentos em marketing, uso do sistema eletrônico de pedidos (EDI), entrega centralizada, reformas e inaugurações de lojas, não-troca de produtos avariados, entre outros custos operacionais do varejo.
De acordo com o gerente-comercial de uma indústria do setor de não-alimentos, "Minha empresa paga 22% de tudo o que fatura, de volta ao varejista, em verbas contratuais mensais.  Ou seja, a cada R$ 1 milhão que eu vendo, R$ 220mil são descontados automaticamente em minhas faturas conforme contrato comercial firmado anualmente".
"Sem falar nos investimentos pontuais constantemente cobrados, como verbas para ações de aniversário, encartes, grandes promoções..." - completa o gerente, revelando que "não tem milagre!" - completa ele "nosso preço de custo é formado contemplando desde os insumos de fabricação, mão de obra, outros insumos e marketing.  A verba do acordo comercial é tratada pela empresa como marketing e portanto já está no preço da tabela."

Em outras palavras, os preços dos produtos vendidos por estes fornecedores com contrato de verbas para as grandes redes, já é majorado com o valor de investimento cobrado em contrato pelas próprias redes. 
Como ao calcular sua margem de lucro e formar o preço de venda para o consumidor, as redes partem do custo do produto comprado, elas já partem do valor "inflacionado" em função das verbas e acordos comerciais, tornando estes produtos mais caros ao chegarem nas prateleiras.

"Contudo, o fato de oferecermos tudo sob um mesmo teto, agregando serviços diferenciados como recarga de celulares, drogarias, lanchonetes, entre outros, é percebido pelo cliente e equilibra eventual diferença de preço que possamos ter em um produto ou outro quando comparado a um concorrente" - afirma o Gerente Geral de um grande hipermercado da Baixada Fluminense, RJ.

Em resumo, este é o varejo.
É nesse cenário que giram as grandes negociações e é neste mesmo mundo que todos nós fazemos nossas compras;  Sejam em um grande hipermercado, seja em uma loja de bairro.
Portanto, o mais importante é estar sempre atento ao conjunto de benefícios agregados à compra:  Variedade de Produtos + Opções de Marcas + Preços + Ofertas + Serviços Diferenciados + Atendimento.  Na última linha, é o cliente que decidirá onde irá desembolsar o seu dinheiro.
Autor: Marcelo Aranha

Número de clientes "Mais" do Pão de Açúcar equivale à população da Eslovênia

Com mais de dois milhões de clientes, programa de relacionamento responde por cerca de 50% do faturamento da rede

No ano 2000 o Grupo Pão de Açúcar deu início ao seu programa de relacionamento. O Pão de Açúcar Mais nasceu com o objetivo de oferecer descontos e dar brindes em troca da fidelidade do consumidor. Após cinco anos, a rede percebeu que estava na hora de mudar. Pesquisas mostraram que as informações dadas pelos consumidores não estavam sendo utilizadas de forma atrativa para ele.

A Giovanni+Draftfcb assumiu o reposicionamento do programa e, hoje, são mais de dois milhões de clientes cadastrados e um faturamento que representa aproximadamente 50% do total da rede. Se fosse um país, o Pão de Açúcar Mais seria maior que a Eslovênia. O reposicionamento do programa foi baseado no ciclo de vida do consumidor do Pão de Açúcar, desde o que acabou de se cadastrar até o mais antigo dos consumidores, já que cada um está em um momento diferente de consumo.

As mudanças que marcaram esta nova fase do Pão de Açúcar Mais são, principalmente, a segmentação de produtos de acordo com o perfil de compra de cada cliente e os pontos que podem ser trocados por vale-compras da rede. Depois da reformulação, o consumidor do Pão de Açúcar ganhou cinco vezes mais ofertas. O projeto foi desenvolvido com base na simplicidade, para transformar o ordinário em extraordinário.

Novas medidas e resultados

Saem os brindes e entram os mimos feitos somente em datas especiais. O programa Pão de Açúcar Mais prima pela simplicidade agora. Há dois anos sob novo formato, o programa conta com dois milhões e trezentos mil cadastros que fazem 600 mil compras por mês. Para estes clientes, a rede oferece a cada 15 dias uma lista de produtos com preço especial. Em ações feitas com a retirada de cupons, eles ganham em dobro e, ao utilizar a sua própria sacola de compras, o cliente ganha cinco pontos.

O projeto de reformulação foi feito com base nos pilares relacionamento, reconhecimento e recompensa. Este útimo no formato de pontos. "Deveria ter a tal da moeda de troca que é a principal diferença do programa antigo. Outra mudança foi no nome. De Cartão Mais para Cliente Mais", afirma Tatiana Mazza, diretora de relacionamento da Giovanni Draftfcb, em entrevista.

Na estratégia criada pela agência, a recompensa foi o item mais trabalhado tendo como base um estudo financeiro para a sua viabilização. Com o desafio de ser mais relevante para o consumidor, a constatação foi de que era preciso aumentar a atratividade. "O cliente é muito exigente e se relaciona com outras marcas que têm programas estruturados. Quando começou não havia uma promessa para o consumidor", diz Tatiana.

Segmentação como estratégia

O uso da tecnologia no Pão de Açúcar Mais possibilita rastrear todas as compras feitas com o cartão. Para não haver ruídos na comunicação, a rede varejista dirigida por Abílio Diniz possui 11 grupos que fazem o trabalho de atualização de dados periodicamente para saber quais as medidas que ainda fazem sentido para o consumidor.

"Os 'Cliente Festa' são os jovens que compram cerveja, vodka e salgadinhos no fim de semana. Não podemos oferecer arroz, feijão e batata para ele, por exemplo. Já o 'Cliente Saudável' é representado por mulheres, solteiras, jovens, que buscam produtos light, diet ou orgânico", explica Debora Franchim, coordenadora de marketing do Pão de Açúcar Mais, em entrevista.

Esta segmentação é resultado de pesquisas feitas ainda no antigo programa. Nelas, os clientes cobravam pelas informações que haviam fornecido e que não traziam nenhum benefício para eles. Com as precauções devidamente tomadas com a reformulação, a rede saiu de um ROI de 1% a 2% ao mês para 17% sobre as ações de marketing direto. "É a prova sobre o quanto é bom ser relevante", salienta Debora.

Ações com a indústria

Para atingir o consumidor e atraí-lo para o programa, a rede utiliza como canais o e-mail marketing, a mala direta, o ponto-de-venda, sem contar com o trabalho dos caixas, gerentes e consultores da companhia. Outra forma de conquistar novos adeptos é o apelo sustentável, presente no DNA do Pão de Açúcar desde sua inauguração. Ao utilizar as sacolas retornáveis, além dos pontos, os consumidores recebem uma mala direta feita com sementes de flores com informações sobre quantos saquinhos de plástico ele deixou de usar com esta atitude.

Nas redes sociais o programa não está separado do Grupo Pão de Açúcar. "Não faria sentido ter outro perfil só para o 'Mais'. Isto descaracteriza o projeto. O que fazemos é criar posts especificos para os clientes cadastrados no programa", aponta Débora. Neste novo formato do programa, o cliente que ficar três meses sem comprar terá seus pontos zerados, após ser informado com um mês de antecedência.

Ações com a indústria também fazem parte da estratégia do 'Mais'. Em parceria com a Nívea, o programa distribuiu amostras de um hidratante. Já a Revista Mais é entregue a um grupo de clientes que buscam informações sobre bem-estar e saúde. Outra iniciativa foi a venda de Ariel com 50% de desconto para os clientes 'Mais'. "Trabalhamos com um universo menor de pessoas com marcas recomendadas por elas. Sempre usamos a informação em benefício ao próprio consumidor", completa Tatiana, da Giovanni+Draftfcb.
Fonte: Exame / Mundo do Marketing

Mais e melhores serviços. Diferenciais no varejo.

Com o acirramento da concorrência, a ascensão econômica das camadas mais pobres, que ganham poder de compra, e a dificuldade de se trabalhar com preços competitivos, nada melhor do que investir em serviços para atrair clientes e acompanhar a evolução do mercado

Há algum tempo, a oferta de serviços deixou de ser atividade complementar à venda de produtos e se tornou ferramenta para o sucesso de muitas empresas do ramo supermercadista. Além de conveniência, palavra de ordem da vida moderna e pra lá de recorrente no setor, mudanças socioeconômicas e mercadológicas passaram a exercer peso importante sobre o aumento expressivo desse tipo de demanda.

“Estamos num cenário extremamente competitivo, em que é difícil se destacar somente pelo preço. Pequenos e médios supermercadistas trabalham com valores muito semelhantes aos de seus concorrentes diretos, de seus respectivos portes”, ressaltou o coordenador do curso de pós-graduação em administração de empresas focadas no mercado de varejo e franquias da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Antônio Sá.

Outro fator relevante, segundo o docente, é a expressividade da classe C no mercado de consumo. Essa população teve importante ganho de renda nos últimos anos e, consequentemente, passou a adquirir volume muito maior de bens e serviços. “Com isso, tornou-se mais exigente e passou a querer regalias no momento da compra”, destacou.

Acesso

Os supermercados se transformaram, assim, num pólo multifacetado. Comercializam de tudo para fisgar compradores em ascensão econômica,driblar a concorrência e amenizar a dificuldade em se diferenciar pelo preço.

No entanto, segundo o professor da Faap, o supermercadista precisa ter uma estratégia muito clara sobre a proposta de valor que deseja oferecer aos compradores. No Grupo Pão de Açúcar, segundo o diretor de operações João Edson Gravata, agregar serviços faz parte do DNA da empresa. Vai além de uma alternativa de se diferenciar, com o claro objetivo de proporcionar experiência diferenciada de compra ao cliente.

Exemplo é a mais nova loja da marca Pão de Açúcar, localizada no bairro Panamby, zona Sul de São Paulo (SP). A unidade traz bom portifólio de serviços, como atendente de vinhos e queijos, para facilitar a escolha do consumidor com informações dos produtos, dicas de harmonização e degustação; consultora de clientes, preparadas para apresentar o mix de produtos e serviços e dar dicas de como montar cardápios para diversas ocasiões; encomenda para jantares, entrega em domicílio, pedidos antecipados de carnes por telefone e, em breve, o Personal Shop.

Trata-se de um aparelho, já em funcionamento na unidade do Pão de Açúcar do Shopping Iguatemi, em São Paulo, com o qual o cliente pode selecionar e registrar produtos, verificar o valor comprado, consultar dicas, receitas e promoções, encontrar itens por meio de um GPS integrado e optar pelo recebimento das compras em casa.

Atendimento

A oferta de serviços pode ser feita, portanto, em diversas frentes, com equipamentos e atendimento, como é o caso do Pão de Açúcar e também do Prezunic, do Rio de Janeiro. Na rede, dar toda a atenção aos clientes é prioridade. Os funcionários são preparados para atendê-los e não raramente param seus afazeres para auxiliá-los em relação a qualquer dúvida ou problema que tiverem.

Além disso, para proporcionar experiência agradável de compra, todos os dias, desde a inauguração da primeira unidade, a empresa prepara café da manhã completo, com direito a suco, biscoito, bolo e frutas. Durante todo o dia, o cliente tem à disposição água gelada e café fresco, servido por uma promotora.

O esforço dispensado inquestionavelmente tem dado boas recompensas à rede carioca. Fundada em 2002, tem 30 lojas e, em apenas oito anos, já detém a sétima posição entre as 500 participantes do último Ranking Abras, divulgado em abril por SuperHiper.

O Sonda, com 24 lojas e o 13º lugar no Ranking, também sabe da importância desse tipo de abordagem. Em seu mais novo supermercado, o Sonda Pompéia, em São Paulo (SP), que demandou investimento de R$ 70 milhões, o atendente José Firmino Nere tira dúvidas sobre produtos, serviços, serve mesas, enfim, faz tudo para deixar o cliente o mais satisfeito possível. “Realizo atendimento para que ele saia com boa impressão da loja”, declarou.

Nere está há 15 anos na empresa e é muito conhecido na região, o que facilita a realização do seu trabalho. Atuou por anos na peixaria de outra loja do Sonda, próxima da que está atualmente, e procurava sempre superar as expectativas do frequentador. “Passava algo a mais, dava sugestões quando via que estava indeciso, procurava orientar sobre receitas, enfim, dava a volta e ficava do lado de fora do balcão para conversar com ele”, contou.

Outras possibilidades

A oferta de serviços pode se dar de outras formas, por meio de produtos (oferta de pratos prontos, por exemplo) e no ambiente físico do supermercado. Nesse caso, o Prezunic projetou o layout de suas lojas de acordo com o interesse dos clientes, para facilitar o momento de compra deles. Outra alternativa é disponibilizar, além dos produtos comumente vendidos, galeria com lavanderia, revelação de fotos, casa lotérica, entre outros estabelecimentos comerciais.

“Temos vários supermercados com galerias, que têm de 10 a 50 lojas, como bancas de jornal, drogaria, papelaria, revelação de fotos e até mesmo grandes lojas de roupas e eletrodomésticos. O objetivo é apoiar o consumidor e prestar a ele serviços de primeira necessidade”, afirmou o diretor geral, Genival Bezerra.

Outras empresas do setor, como a rede Carrefour, também buscam oferecer mais do que a venda de itens básicos para fidelizar o tão disputado e cada vez mais infiel comprador. Recentemente, a multinacional europeia investiu R$ 20 milhões na abertura de 100 lojas voltadas à prestação de serviços digitais, como revelação instantânea e montagem de livros de fotos, os chamados photobooks.

O Carrefour conta, hoje, com esse serviço em 77 unidades e planeja ampliar para toda a rede, o que inclui as bandeiras Hiper, Bairro e Express, até 2011. Isso sem contar que no primeiro semestre desse ano abriu 30 unidades, que demandaram investimentos da ordem de R$ 6 milhões.

Mas é claro que o número significativo de câmeras digitais e de aparelhos celulares entre os brasileiros motivou aporte milionário nesse ramo de negócio. Segundo dados de mercado divulgados pela varejista, apenas 25% das fotografias tiradas no País são reveladas. Por isso, há muito espaço para crescer e o Carrefour está de olho nesse segmento.

Essa expansão faz parte da estratégia mundial do grupo de ser reconhecido pelo cliente como marca solução. Com esse objetivo, procura promover ações integradas com os outros negócios da empresa, como os postos de combustível, nos quais a dinâmica promocional é “Abasteça e ganhe desconto na revelação de suas fotos”.

Nas agências de turismo, o cliente compra um pacote e ganha um álbum personalizado com as fotos tiradas na viagem. Aliás, há alguns dias o Carrefour e a Caixa Econômica Federal anunciaram parceria que permite o parcelamento de pacotes em até 24 vezes pelo Crediário Caixa Fácil.

Lazer

A rede Savegnago, do interior paulista, é mais uma que aposta em serviços, o que mostra que esse tipo de prática já ultrapassou os limites dos grandes centros urbanos. Em uma das lojas do grupo, em Ribeirão Preto, os clientes podem revelar fotos e aproveitar para ir ao cabeleireiro, comprar livros e ainda contar com outros sete estabelecimentos comerciais em operação no local.

“Cada vez com os dias mais corridos, as pessoas precisam ter em um mesmo lugar opções de compra e lazer”, afirmou o diretor superintendente da rede, Sebastião Edson Savegnago, o Chalim.

Já na loja de Sertãozinho, município vizinho, o frequentador se depara com uma praça de alimentação e duas salas de cinema, as únicas da cidade. “A loja tem movimento muito intenso, pois além da ampla área de vendas, que tem 2.218 m2, o cinema atrai todos os dias um grande público para a unidade”, diz Chalim.

Porém, além do cinema, para proporcionar qualidade de vida aos clientes o Savegnago mantém, desde 2005, o Programa Ginástica Matinal, implantado em 13 de suas 21 lojas, inclusive na filial de Sertãozinho. O projeto consiste na oferta de três aulas semanais gratuitas de exercícios físicos, ministradas por profissionais de educação física.

Na mesma linha de atuação encontra-se o Programa Mexa-se de Saúde e Qualidade de Vida, da paulista Coop. A ação é parecida, são duas aulas de ginástica semanais coordenadas por profissionais da mesma área.

A rede também organiza, desde 1998, palestras gratuitas com o intuito de propiciar formação e informação aos seus mais de 1,5 milhão de cooperados. São cerca de 100 palestras mensais sobre temas variados, como saúde, beleza, culinária e artesanato. “O projeto é muito bem aceito, tanto que conta com a participação de aproximadamente três mil pessoas todos os meses”, declarou o gerente de comunicação social, Edmilson Sena da Silva.

No espírito cooperativista, também sem fins lucrativos, a rede conta com um fundo de auxílio funeral, destinado aos associados que perderem algum dependente ou mesmo à família do cooperado que venha a falecer.

Mas não para por aí. A empresa tem drogarias, entrega em domicílio, recarga de celulares e até mesmo venda de tíquete gás nos check-outs das lojas. Ou seja, o comprador adquire esse vale e, quando desejar, liga para a distribuidora de gás conveniada, solicita um botijão e repassa o tíquete ao funcionário no momento da entrega.

Em meio a tantas opções, fica difícil o consumidor não se acostumar com a comodidade de contar com inúmeros serviços dentro de um mesmo lugar e a passar a exigi-los em empresas de todos os portes e localizações, já que a concorrência é forte e ele está muito mais exigente.

Todavia, é preciso escolher os serviços certos, de acordo com a necessidade de cada público. Para isso, é indicada a realização de pesquisas. “Grandes empresas tem dinheiro para realizar estudos detalhados, mas se não há verba suficiente, a melhor alternativa é se aproximar do cliente, abrindo canais como serviços de atendimento, cupons e até mesmo elaborar questionários simples, com duas ou três perguntas sobre o tema”, alertou Antônio Sá.
Fonte: Revista SuperHiper, por Margareth Meza

PepsiCo vai rastrear batatas na América do Sul

Em uma iniciativa inédita no Brasil e em suas operações no mundo, a PepsiCo deu início neste mês a um amplo processo de rastreamento ambiental de seus produtores de batatas na América do Sul. Até o fim do ano que vem, a multinacional terá em mãos dados como a qualidade de solo, água e das florestas nativas das propriedades de cada um de seus 320 fornecedores na região. A ação faz parte da estratégia de sustentabilidade do grupo, iniciada dentro da empresa e que agora se estende à cadeia produtiva. Se tiver sucesso, a iniciativa será estendida a outras culturas (como aveia, trigo, água de coco e palma) e servirá de modelo para as subsidiárias da PepsiCo.

A empresa contratou uma empresa brasileira de rastreabilidade para fazer o diagnóstico dos produtores. A diferença é que o mapeamento irá além dos tradicionais questionamentos sobre volume de aplicação de defensivos e produtividade no campo. Tão ou mais importante é saber se os fornecedores seguem a legislação ambiental e trabalhista de seus respectivos países. Com faturamento mundial de US$ 60 bilhões em 2009 e uma fatia significativa do mercado de salgadinhos, a PepsiCo detém as marcas de batatinhas Ruffles e Namesa (Elma Chips) e Lucky. A empresa tem atualmente 320 fornecedores na América do Sul. No Brasil, onde estão as maiores lavouras, são 18 fornecedores, localizados sobretudo em Minas Gerais. Chile e Argentina respondem por mais 25 fornecedores e o restante está pulverizado nos países andinos, com agricultura de menor escala. Juntos, eles fornecem 230 mil toneladas de batatas por ano à companhia.

O projeto, que terá investimento de US$ 200 mil, já foi finalizado na Colômbia e no Peru, e até o fim do ano será concluído na Argentina, Venezuela, Chile e Equador. No Brasil, o trabalho será feito ao longo de 2011. A rastreabilidade não é compulsória, mas para obter a adesão total, os agrônomos da PepsiCo iniciaram visitas técnicas para esclarecer os produtores sobre os benefícios do projeto.
Fonte: Valor Econômico

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